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A maior experiencia atômica do mundo
A maior experiencia atômica do mundo

O maior reactor de fusão nuclear do mundo (ITER, a ser agora construído no sul de França) vai ter uma contribuição fundamental de tecnologia de controlo desenvolvida em Portugal. A posição do plasma (matéria prima onde se atinge a reação de fusão) irá ser controlada através de um inovador diagnóstico de microondas, desenvolvido no Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN), unidade de investigação do Instituto Superior Técnico, Lisboa. 

A proposta, liderada pelos investigadores Bruno Soares Gonçalves e Paulo Varela, envolve técnicas de medida e tecnologia desenvolvida por investigadores e engenheiros do IPFN. Além da instituição portuguesa, o consórcio integra também o Centro de Investigaciones Enrgéticas, Medioambientales y Tecnológicas, em Espanha, e o Istituto di Fisica del Plasma "Piero Caldirola", em Itália. O contracto tem um valor global de 8,5 milhões de euros e uma duração de quatro anos.

Este é sexto contracto obtido pelo IPFN, que desde o final de 2009 é responsável pelo desenvolvimento do protótipo do sistema de controlo rápido para este dispositivo experimental, desenvolvimento de sistemas de manipulação remota e participa no consórcio selecionado para o fornecimento de serviços de engenharia à Agência Doméstica Europeia para o ITER.

Os sistemas de controlo são essenciais para o funcionamento das máquinas de fusão uma vez que devem assegurar o funcionamento automático integrado de todos os sistemas do dispositivo. As competências do IPFN nesta área são amplamente reconhecidas. Os contratos com o ITER e F4E são o culminar duma estratégia vertical de I&D no desenvolvimento de diagnósticos de microondas e sistemas de controlo e aquisição de dados, iniciada nos anos 90 com o único dispositivo português de investigação em fusão nuclear, o tokamak ISTTOK.

O sucesso da proposta resultou do trabalho desenvolvido nos últimos 15 anos pelo Grupo de Diagnósticos de Microondas. Este trabalho incluiu o desenvolvimento de diagnósticos de microondas para os principais dispositivos de fusão europeus (Alemanha, Reino Unido, Espanha, República Checa) e Brasil, desenvolvimento de ferramentas de processamento de dados, simulações numéricas e algoritmos de controlo em tempo-real. Destaca-se a importante contribuição do grupo de diagnósticos de microondas para o dispositivo europeu de fusão nuclear, JET (Joint European Torus) e a recente demonstração do funcionamento do sistema de controlo de posição do tokamak ASDEX-Upgrade na Alemanha (2011) similar ao que será desenvolvido para o ITER.